Não desejo fazer perguntas que comumente são feitas; mas algumas são
indagações que gosto e as faço a mim mesmo; e outras com intento para que possamos entender como estamos indo com nossos novos escritores; ou mesmo aos
que já tem certa experiencia na arte da escrita. Sobremodo, eu almejo fazer uma
pequenina introspecção no autor que deseja responder-me e para seu leitor, o
admirador que promove um grande prazer ao admirado, e vice-versa.
Com um convite de Myllena Nonato Lima, também administradora da página Entrevistando Autores do Wattpad, convido-lhe a esta
experimental entrevista com a escritora Tay Duque:
Confira suas interessantes respostas:
1-
O que te define um escritor? Qual foi a idade que você teve
o peso necessário que o fez considerar, ou mesmo como pretensão, a ser um
amante das letras?
R: Eu sou apaixonada por
histórias. Tenho várias ideias aleatórias na minha mente, preciso colocar tudo
por escrito. É uma necessidade que eu tenho em criar. Tudo que eu gostaria de
ler, eu escrevo. Antes aconteceu como uma diversão, mas depois foi ficando cada
vez mais importante para mim, e eu necessitava que todos lessem o que eu
escrevia. Tenho ideias desde muito nova, uns quatro anos de idade mais ou
menos. Aos treze escrevi peças para o colégio, mas não levei a sério. Com
dezenove que comecei a todo vapor e não parei até hoje aos vinte e
quatro.
2-
Sabe qual a diferença
entre um autor e um escritor?
R: Escritor é um autor sem livros
publicados. Autor é um formador de ideias que tem a pretensão em publicar
livros, já o escritor se expressa na arte de escrever, sem interesse em
publicar livros.
3-
Como autores são seres que pensam muito, qual é sua maior
frustração quando ocorre a possível incompreensão do leitor para com sua obra?
Sobre ainda esse "conflito", uma questão para ser
respondida como um leitor e outra como escritor, há uma preocupação que você faz
na tentativa de melhorar essa comunicação?
R: Minha maior frustração é quando preveem
o futuro da história logo no começo, e quando não é aquilo que acreditaram ser,
me dizem o que eu deveria ter feito. Isso me frustra, porque não é a linha que
eu decidi seguir. Os personagens não têm aquela personalidade para tomar uma
determinada atitude que queriam. Procuro ser fiel a personalidade do meu
personagem sempre.
Tento explicar a atitude do meu
personagem, tento pedir para entendê-lo. Apenas isto.
4-
Você se preocupa com o
plágio inconsciente (Aquele que, quando é leitor de seu autor favorito, o escreve
sem perceber)? Cite seus três autores favoritos:
R: Não me preocupo com plágios neste
sentido, uma coisa ou outra, por já está martelando na cabeça, acaba vindo e
escrevemos. Isso soa como plágio, mas sempre tentamos modificar algo. Sylvia
Day, Ariano Suassuna e Mario Quintana.
5-
Quando acaba de escrever,
sempre posta em seguida ou tem o hábito de amadurecer a sua obra até que fique
como deseja, e logo depois, a faz ter vida pública?
R: Eu amadureço a obra primeiro. Acho
um pecado ir postando logo que escreve. Devemos analisar antes e ver se tudo “casa”
certinho para depois publicar. Sempre há alguma coisa a ser modificada ao longo
da história.
6-
Encanta-te a fama póstuma?
Escreve algo nesse sentido; preocupa, há um esforço particular em escrever algo
que só pode ser admirado depois de décadas?
R: Acho que não muito. Não penso muito
nisto, embora eu já tenha escrito algo que possa ser para o futuro ( nada não
excepcional) mas o enredo.
7-
O que te motiva a
escrever? E o que lhe provoca desânimo?
R: O que me motiva a escrever é ver a
obra pronta e lida. Acho que escrevo mais por vê-la pronta, do que qualquer
outra coisa. É ótimo saber que tudo que você pensou você conseguiu passar para
o papel. E o que me desanima são os bloqueios, quando eu não consigo passar
para o papel o que pensei.
8-
As críticas positivas são
sempre bem vindas, porém, pode ser que você tenha a (in)felicidade de encontrar
alguém mais sincero, (não, necessariamente, que fará críticas justas),
como você se daria com isso? Responderia na mesma altura, questionaria a si
mesmo e/ou defenderia o que acredita em sua obra?
R: Depende das críticas. Se for aquelas
para lhe derrubar e lhe desmerecer eu realmente vou defender a minha obra.
Agora se for aquelas que eu vá pensar: 'poxa, é verdade, eu deveria ter feito
assim e não assim.' Com certeza vão me fazer crescer.
9-
Sabendo que autores têm
poderes que formam opiniões e promovem discussões, você possui essas
preocupações mente o que você deve ser passado ao publicar? Ou acredita que não
há tanto valor, em um sentido contextual, de seus escritos?
R: Sim, eu procuro sim formar opiniões
nas minhas obras. Conflitos e questões a serem consideradas no dia-a-dia. Tenho
pensamentos sociais, o que procuro escrever nas minhas obras. Acho que falta
sim temas como estes serem abordados nos dias de hoje.
10-
Você tem dificuldades em escrever
sobre algum tema específico? Quais os motivos? Tem algum tema que tem todo
poder de seu espírito, como se houvesse a necessidade em depositar no papel
aquilo que tanto sentiu?
R: Acho que fantasia. Queria muito
escrever este tema, mas eu simplesmente não consigo, sempre deixo para depois e
nunca se realiza.
11-
Você teve alguma
referência familiar, alguém, que mesmo de forma indireta, influenciou na sua
vida amante da arte da escrita?
R: Na verdade não. Acho que vem de mim
mesmo.
12-
Para tentarmos algo
diferente, você responderia essas perguntas por intermédio de algum veículo
audiovisual?
R: Não, sou muito tímida.
13-
Eu tenho uma frase em defesa dos livros físicos, ei-la: “Os apreciadores das artes
convencem-se pelos sentidos que possuem. Portanto, um leitor, depois da visão,
inconscientemente, se apega ao livro pelo olfato e, o mais defendido, o tato.
Livro físico jamais será substituível para nós, os leitores.” Concorda comigo? Qual é
seu relacionando com os livros físicos e os digitais?
R: Concordo plenamente. Não tem nada
melhor que sentir os livros entre os dedos e lê-lo com tranquilidade. Não curto
muito livros digitais, embora leio muito.
14-
Diga-me quais são suas
obras? Discorra um pouco sobre uma delas em que há mais sente orgulho. O quanto
ela biográfica?
R: Eu tenho várias obras mesmo.
Escrevo há cinco anos sem parar. Óbvio que tenho as minhas favoritas, mas a que
estou postando agora no Wattpad, estou muito orgulhosa dela, por ter conseguido
fazer exatamente como esperava. Os sentimentos, as ações e interação dos
personagens é exatamente como eu quis que fosse. Se chama Almas Iméritas.
15-
Poesia! Eu, Patrick,
acredito que a poesia está presente em qualquer arte que se pretenda expressar!
O que essa palavra (e um leque de significados), sobretudo na escrita, representa
em sua vida literária?
R: Acho que é tudo. Os sentimentos, a
intensidade, o cenário, a comoção. Acho que tudo se trata de poesia e é isso
que preso ao ler e escrever.
16-
Quais outras artes que
você desejaria se expressar?
R:Teatro. Acho que também seria
uma forma para me expressar, porém sou tímida demais.
17-
Esse questionamento pode promover-lhe um amadurecimento? Em suas
reflexões, gostou dessas perguntas?
R: Sim, com certeza. Me fizeram pensar em
algo que eu mesma não tinha parado para pensar. Sensacional!
18-
Cite três livros e seus
respectivos estilos que gosta e três que não gosta:
R: Que gosto: Série “Crossfire”,
romance erótico. “Como Eu Era Antes De Você,” romance. “A História De Amor De
Fernando E Isaura”, romance dramático.
Não gosto: É bem difícil eu não gostar de algum
livro, mas os que eu não gosto são livros que eu não consigo entender. Alguns
do gênero fantasia.
Suas publicações podem ser lidas aqui: