terça-feira, 31 de maio de 2011

Não me nego mais de ti

Não me nego mais de ti


Quantas vezes, eu neguei a ti um sorriso
Quando minha ira ainda tinha olhar fixo
mas nos segundos futuros e com lábios arqueados
memória tem pés intrusos; doces olhos acastanhados

Quantas vezes falei pra ti palavras frias
Todas mal tecidas, malditas e fugitivas
logo, sinto o gosto de ferro de tão marcante
E como uma frase que sorrir como diamante
dispo-me de um primitivo Leviano
e gargalho um definitivo “Eu te amo”

Quantas vezes virei o rosto para não te ver; entretanto...
dez passos são até fáceis de seguir; por enquanto...
procuro putas, tragédias, etc; vou tentando...
Ensaio imbecis frases de desprezos; mas em mim, não mando.
E assim, delicio-me com teus belos tudo; de vez em quando...


Quantas vezes pensei em tirar esse vicio de mim
Essa débil vontade disse que não quer vim
Mulheres Negras, loiras,... até estive afim
Enfim, nada mais posso fazer se sou assim

Quantas vezes beijei outras mulheres
Tudo então parecia perfeição
Até o momento que tu interferes
ligação intrínseca entre joelhos e chão
teu gosto e teu corpo
sem eles, quase morro

Quantas vezes ouvir “vento no litoral”
 A saudade chega tão normal
Afinal, é assim que eu te amo Trem
Tanto teu mal e o teu bom também.



Quantas vezes você disse que sou belo,
Queria que fosse mais o que provoca dizer
O começo é doce, mas de amargo inquieto
Como não pode, dizer-me o quero saber
Diga a frase de som diminuto
Um “amo-te” quase mudo
É-me já mais que tudo
Mas é fruto que nem tento mais o furto

Quantas vezes, mandei-te para o inferno
Fui perverso, ainda escrevi num caderno
Glorias na face, mas tremor interno
Eu na cadeira 25 no mesmo trem expresso

Quantas vezes pensei em amar-te nunca
Ou, amar-te menos; com menos bagunça
Queria-te água rasa e não tão funda
Tenho a teima conjugar o amor
Serei teu gerúndio como Deus mandou

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